Em um cenário de grande demanda de energia elétrica, há também um crescente interesse em outros métodos de geração de energia alternativa. A conscientização em relação aos problemas ambientais e o constante aumento nos preços das tarifas tornou cada vez m


Em um cenário de grande demanda de energia elétrica, há também um crescente interesse em outros métodos de geração de energia alternativa. A conscientização em relação aos problemas ambientais e o constante aumento nos preços das tarifas tornou cada vez mais necessário encontrar novas formas de energia mais limpas e renováveis, causando menor impacto ao meio ambiente.
A geração de energia solar fotovoltaica tem ganhado destaque e crescente adoção nos últimos anos, principalmente no Brasil por ser um dos poucos paÍses no mundo que recebe uma insolação (número de horas de brilho do Sol) muito alta anualmente. Por ser uma fonte amigável ao ambiente a adoção desse sistema promove um consumo mais sustentável e com grande potencial de evolução nacional da indústria de fotovoltaicos.
Reconhecendo a importância de uma fonte mais limpa de energia, mas também observando os desafios de produção, o projeto "Projeto e desenvolvimento de tecnologias para identificação de sujidade e limpeza automática em sistemas fotovoltaicos", também chamado de "Solar2", atua no desenvolvimento de tecnologias para automatizar as atividades de operação e manutenção em usinas solares fotovoltaicas (UFVs).
O projeto realizado em uma parceria entre Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a empresa NexSolar Ltda, o Instituto Federal da Bahia, o Instituto Federal de Mato Grosso do Sul e com a Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (FAPEC) tem como objetivo identificar sujidades nos módulos solares e encontrar soluções inovadoras para manter o pleno funcionamento do equipamento.
O professor Dr. Ricardo Santos, docente da Faculdade de Computação (Facom) da UFMS e responsável pelo projeto, explica que existem muitos fatores que dificultam as passagens dos raios solares e impedem a geração total de energia possÍvel pelos painéis solares. "Nosso objetivo é a identificação desses elementos de sujidade que ficam sobre os painéis e que possam prejudicar ou impedir a geração de energia e encontrar técnicas para solucionar esse problema", afirma.

Para o desenvolvimento do projeto foi instalada uma Usina Solar Fotovoltaica, localizada na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da UFMS (FAMEZ). Composta por 39 painéis, a instalação além de desenvolver pesquisas cientÍficas também tem como intuito a utilização da conversão da energia produzida para a Universidade, reduzindo os gastos.
Ativo desde 2018 o projeto está em fase final, com os resultados das pesquisas os pesquisadores criaram várias tecnologias automáticas e inteligentes para combater a influência da sujidade na geração de energia. Para realizar a atividade (manutenção) de limpeza sobre os módulos fotovoltaicos foram produzidos desde softwares, algoritmos, robôs de limpeza até técnicas de identificação de sujeiras.
O desenvolvimento de pesquisas nessa área é de fundamental importância para a evolução da indústria de fotovoltaicos, uma vez que, ao automatizar procedimentos de operação e manutenção, os custos com essas atividades serão reduzidos, permitindo, como consequência, que o custo total da geração de energia elétrica solar também seja reduzido. Além disso, as técnicas de identificação de sujidade também podem ser aplicadas em outras áreas como por exemplo a agropecuária, ou mesmo área da saúde.
Esse projeto é financiado pelas empresas Companhia Energética Candeias, Companhia Energética Manauara e Companhia Energética Potiguar, no âmbito do programa de P&D Aneel.
 
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Fonte: Imprensa

Data de publicação: 23/03/2020